segunda-feira, 4 de abril de 2011

POR UM PRATO DE LENTILHAS


Por Dayse Elisa Fabianowicz 

Gênesis 25.27-34

E cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas.

E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó.

E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo, e estava ele cansado;

E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou Edom.

Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura.

E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura?

Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó.

E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura.


Ao ler a história de Esaú e Jacó tem-se a impressão de que Esaú foi meramente desleixado, que simplesmente não se importava com a primogenitura. Mas o que era a primogenitura? Eram bens? Posição de chefe família? A primogenitura era algo além: era a benção de Deus, a garantia de que Deus não só a abençoaria, mas também à sua descendência. Era a herança da benção proferida a Abraão registrada em Gênesis 12. 1-3.
A lentilha, por outro lado, é algo que atualmente não é atraente, não desperta desejo na maioria das pessoas. Pode-se até dizer que seu sabor depende mais de como é preparada, se é bem temperada e acrescida de ingredientes mais saborosos. È um alimento insonso em si mesmo.
Esaú estava chegando de um dia cansativo de caça; ele estava exausto e faminto. O alimento, a lentilha, não era um simples desejo: era uma necessidade física. Diante desta necessidade ele pensa:  de que adianta a benção sobre mim e minha descendência se vou morrer de fome?
Às vezes este tipo de pensamento vem à nossa mente. Não é literalmente a lentilha, mas algo de que se sente necessidade e desejo. A lentilha, inicialmente, parece ser algo imprescindível à própria sobrevivência. Chega-se ao ponto de parecer que as coisas eternas têm menos importância diante daquele desejo e necessidade imediata.
O cheiro da lentilha chega em um momento de vulnerabilidade. Traz consigo todas as justificativas: a fome, a exaustão, a própria sobrevivência. No momento em que Esaú está tão vulnerável, ele esquece que na benção de Deus estava inclusa sua sobrevivência; que abençoar todas as famílias da Terra era um propósito de Deus para sua vida.
É fácil deixar-se seduzir por caminhos mais rápidos, sem medir as conseqüências. Atualmente vê-se que muitos procuram esta satisfação nas drogas, no sexo inconseqüente, no consumismo. E trocam coisas que têm realmente valor por algo instantâneo, mas tão fugaz, tão momentâneo. Um prazer que pode até ser intenso, mas de pouca duração, que geralmente traz consigo conseqüências desastrosas. É a geração “Fast Food”. 
Quantas vidas e famílias prejudicadas! Como entender uma pessoa que busca satisfação nas drogas? Analisando friamente, percebe-se que seu prazer é cada vez menor, enquanto a fissura aumenta e, com ela, a necessidade de se aumentar as dosagens ou de entorpecentes mais fortes. Como entender pessoas que buscam amor e prazer no sexo sem compromisso, colocando em risco sua saúde e família? E no dia seguinte se sentem menos amadas e valorizadas que antes. Há uma atração pelo flerte, pela sedução, mas todas as palavras doces e elogios falsos se tornam amargos e ferem a alma.
É fácil fazer julgamento e bater o martelo condenando, principalmente quando nunca se vivenciou de perto situação semelhante. É fácil recusar a lentilha com o estômago satisfeito. A exaustão e a fome cegam e entorpecem os sentidos. A tendência humana é o imediatismo: “é melhor um pássaro na mão do que dois voando”.
Quando se deparam com pessoas passando por “momentos de Esaú” muitos têm a mesma atitude de Jacó: aproveitar-se da situação para tirar vantagens. Em momentos assim é necessário pedir misericórdia a Deus. Pedir que o Espírito Santo produza Seu fruto. Confiar que Deus fez uma promessa sobre nossa vida; promessa esta que é muito superior a um prazer momentâneo e efêmero, e que vai cumpri-la.
"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós". 1 Pedro 5.7.

"Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças;" Filipenses 4.6.

 prazer no sexo sem compromisso, colocando em risco sua sa buscamamoridade me, a exaust a lentilha, n

sábado, 1 de janeiro de 2011

Intenções de Ano Novo


Intenções de Ano Novo

Ao término de um ano e início de outro é bastante comum as “Intenções de Ano Novo” ou “Promessas de Ano Novo”.
As pessoas refletem sobre como foi o ano que se passou, e, quando relembram as intenções que fizeram, percebem que a maioria destas intenções ficou perdida pelo caminho.
Como foi com você? Você fez planos para este ano? Conseguiu levá-los adiante ou parou na metade do caminho? Será correto fazer estes planos? É bíblico? 

Em Lucas 14: 28-32 (Nova Versão Internacional, 2010) vemos o princípio do planejamento.
   28 "Qual de vocês quer construir uma torre. Você não se senta primeiro a estimar o custo para ver se você tem dinheiro suficiente para completá-lo? 29Porque, se lançar o alicerce e não a podendo acabar, todo mundo que vê que vai ridicularizá-lo, 30 dizendo: 'Este pessoa começou a edificar e não pôde acabar. '
   31 "Ou suponhamos que um rei está prestes a entrar 
em guerra contra outro rei. Será que ele não se senta primeiro a considerar se ele está com dez mil homens para se opor a que vem contra ele com vinte mil? 32Se ele não puder, ele vai enviar uma delegação, enquanto o outro ainda está longe e vai pedir condições de paz.

Em vários momentos da vida precisamos sentar e planejar o futuro, não ir “empurrando com a barriga” para ver onde vai dar. Podemos perceber Jesus nos dando dicas de planejamento de gastos no verso 28; ensinando-nos a ver viabilidade dos planos no verso 29; a ser humilde e aceitar conselhos de pessoas experientes e/ou próximas no verso 31; e a ser flexível quando perceber que o plano inicial precisa de ajustes.
Aparentemente a parábola do construtor de torre e a do rei em uma campanha de guerra não têm nada em comum. Porém, para ambos há graves riscos de perdas se não planejar cuidadosamente à frente. Em uma cultura da vergonha e honra, todos querem evitar a todo o custo a ser ridicularizado por sua comunidade por não cumprir uma tarefa que começou. Nesta dupla parábola ecoa a instrução de Provérbios que pode ser muito bem aplicada em suas “Intenções de Ano Novo”"Com a sabedoria se edifica a casa, e com entendimento ela se estabelece; e pelo E pelo conhecimento se encherão as câmaras com todos os bens preciosos e agradáveis.
O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento consolida a força. Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros." (Provérbios 24:3-6).

Cada proprietário de terra que podia, pagava para fazer um muro em seu pomar como uma proteção contra invasores que poderiam roubar ou prejudicar a sua produção. A torre foi construída geralmente em um canto da parede e um guarda postado especialmente durante a época da colheita quando os ladrões provavelmente tentarão fugir com a mercadoria. Iniciando um projeto de construção, como uma torre, e deixá-la inacabada por causa de mau planejamento convidariam o desprezo de toda a aldeia. Da mesma forma um rei que decidiu travar uma guerra contra um adversário que era muito mais forte, seria considerado insensato se ele não chegar a um plano que tinha uma boa chance de sucesso.




A maioria das Intenções de Ano Novo” que se frustra pelo caminho se dá por um planejamento inadequado. Alguns colocam alvos altos demais, inatingíveis. É mais indicado se fazer um planejamento em partes a serem trilhadas, como se fosse uma escada. O objetivo final deve ser planejado (aonde se quer chegar), porém é preciso visualizar os degraus a serem conquistados para isto.



Esta visualização fará com que se comemore e valorize cada conquista como parte do processo, o que dará incentivo para prosseguir a caminhada rumo ao objetivo final, evitando a desistência e frustração.
Antes de qualquer coisa ore. Em meio à execução ore. Quando estiver concretizando, ore. Depois de tudo terminado, ore.
ü    Sl 127 – O Senhor precisa edificar a casa.
ü    Pv 3. 5-7. Confie no Senhor, não em si mesmo.
ü    Jo 15.5 – Sem Jesus não podemos realizar nossos planos.

Se não conseguiu realizar seus projetos, não desista. Fl 3. 12-14.
"Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.
Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus."


Às vezes nossos projetos são de longo prazo. Não se precipite v 12; é preciso saber esquecer aquilo que nos atrapalha e não podemos mudar v. 13; persevere em planos que valem a pena, que estão de acordo com a direção que Deus lhe aponta v.14.
Lembre-se de que até naquilo que você acha ruim, Deus está trabalhando para o seu bem e crescimento. Rm 8.28.

FELIZ ANO NOVO!