sábado, 12 de agosto de 2023

 

Carta à Liberdade

Habner Prado

Liberdade, esperei tanto de você – uma fantasia que seria feliz – buscando o que eu já tinha e não sabia. Eu te desejava como uma corça anseia por água. Eu me sentia preso por uma religiosidade exagerada, uma segurança e controle por parte de meus pais; tinha muita vontade de tê-la, Liberdade, tinha curiosidade por você e me sentia muito humilhado em não te ter.

Quando finalmente tive coragem de me aproximar da sua ilusão, esbanjei e usufrui com ignorância do que minha carne nunca tinha experimentado. Que arrogância! Hoje percebo que precisei me jogar com todas as minhas forças no meu próprio ego para entender como aproveitar sua companhia da forma certa.

Consegui ver que a verdadeira Liberdade é estar aos pés de Cristo, é abraçar minha família. As coisas mais simples da vida que nos cativam, nos ensinam a dar valor nas coisas certas. Liberdade se consegue quando se abre mão da libertinagem.

terça-feira, 8 de maio de 2012

QUERO SAIR DA CAVERNA



"E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do SENHOR veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui Elias?
E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem.
E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto;
E depois do terremoto um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada.
E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?"
1 Reis 19:9-13 

Há momentos em que passamos por vales, ou estamos na caverna, e o sentimento que nos vêm é: "tira-me daqui Senhor", mas tenho aprendido a dizer: "quero sair daqui Senhor, mas eu já aprendi o que devia com isto?" Eu não quero sair daqui sem ter aprendido tudo que Deus quer que eu aprenda. 

Em momentos da vida em que há um esgotamento físico, mental ou espiritual, é muito fácil se sentir meio deprimido, sentir-se como Elias na caverna.  Às vezes se passou tempo demais sendo forte, e vem o desânimo depois que passamos pelo problema. Foi o que aconteceu com Elias. Após ele ter enfrentado 850 falsos profetas sozinho e vencido, sentiu-se sozinho com a ameaça de uma única mulher.

Vem a sensação de que se é o único a passar por aquela situação; a autocomiseração invade com facilidade a mente. É um misto de sentimento de se sofrer injustiça com auto piedade. Aquele sentimento que não se merece passar por aquilo; que as atitudes que se teve no passado deveriam fazer com que se estivesse vivendo em paz e sendo feliz.

Mas também na caverna ouvimos a voz e podemos sentir o cuidado pessoal de Deus. Por um lado não se vê Deus sendo complacente com Elias, mas também não há uma repreensão divina pela atitude de Elias. Isto dá um indício de que a depressão em si não é algo que Deus reprova, mas um momento em que Ele nos trata. É uma oportunidade de deixar de olhar ao redor, a vida alheia e se concentrar em si mesmo, nas próprias necessidades, anseios, dúvidas e crenças. Vê-se que na caverna Deus mostra que Elias não está só, ainda que se sinta assim. Não é preciso estar em uma caverna literal; às vezes a pessoa se encontra com este mesmo sentimento em meio à multidão. Parece que todo mundo conquista as coisas às quais se anseia menos a pessoa; parece que ninguém sofre o que se está sofrendo, parece que não resta ninguém que se importe, e, por fim, a morte ou o desejo de dormir indefinidamente parece muito mais atraente que a vida como se apresenta.
Vê-se que Elias ouviu a voz de Deus, fazendo-o compreender que não sua visão sobre a própria realidade não estava completamente correta; que havia mais pessoas passando pela mesma situação. Em seguida vem a manifestação da presença divina. 

Observa-se que houve vários acontecimentos espetaculares, mas Deus preferiu não se manifestar neles; em seguida houve algo corriqueiro, uma brisa suave, e ali houve a manifestação da presença de Deus. Da mesma forma, muitas vezes quando se está em “momentos de caverna” se espera um mover miraculoso da parte de Deus, mudando a realidade radicalmente, de forma clara e sobrenatural. Espera-se um momento de êxtase. Nem sempre se está atento às pequenas coisas do cotidiano, para ser sensível à voz divina em meio a coisas simples. Pode ser um sorriso de uma criança, um por do Sol, um abraço amigo que Deus queira usar para se manifestar. Mas sempre esperamos raios e trovões, terremotos, fogo e coisas grandiosas.

É necessário se manter atento e com a alma sensível para perceber onde Deus está se manifestando, e o que Ele está falando. Depois de Elias ouvir Deus falando com ele, percebe-se que Deus não usa somente as palavras para animar e fazer Elias sair da depressão. Há atitudes práticas que são tomadas para o reestabelecimento de Elias. Deus providencia alimentação e descanso para ele. Somente após este período de tratamento, e depois do completo reestabelecimento de Elias é que Deus lhe dá uma missão. Isto faz com que se reflita de que há tempo para todas as coisas, inclusive o tempo de estar na caverna; que este seja um tempo de introspecção; onde a autocomiseração seja deixada de lado, assim como também as falácias de manifestações espetaculares, e a pessoa se torne mais sensível à voz do Senhor; que também seja um momento de se abandonar ao amor cuidadoso de Deus, ao cuidado e reestabelecimento completo que só Deus pode dar. Quanto a esta autora, estou na caverna, e quero sair dela. Mas quero aprender tudo que Deus tem para me ensinar nela; quero me abandonar aos cuidados do Mestre até que Ele mesmo me chame para levantar e prosseguir viagem.
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domingo, 19 de fevereiro de 2012

O FALSO TESTEMUNHO

Por Dayse Elisa Fabianowicz

"Não dirás falso testemunho contra seu irmão" Êxodo 20.16.

Esta semana a imprensa veiculou em todos os noticiários sobre o julgamento de Lindemberg Alves, que matou Eloá Pimentel. Hoje as testemunhas continuam importantes, e, apesar de toda a evolução das ciências forenses, a testemunha ocular ainda é fundamental nos processos jurídicos.
Verificou-se que com a impossibilidade de uma das testemunhas de acusação comparecer, a advogada de acusação do caso não optou por substitui-la por provas forenses, nem por um discurso de acusação mais elaborado, mas por arrolar a mãe da vítima como testemunha.

Um dos modos de se perceber que um testemunho é falso é quando destoa totalmente dos testemunhos dos demais. Outra forma é quando os testemunhos são absolutamente iguais, sem nenhuma variação. E por que? Porque cada pessoa imprime no seu testemunho dos fatos a sua impressão pessoal; sua ótica sobre os fatos assistidos. E se hoje alguém faltar com a verdade ao testemunhar? Que tipo de penalidade pode sofrer?
O código penal brasileiro (Artigo 342) pune com um a três anos de reclusão e multa aquele que fizer "afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha em processo judicial ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral".
Todo o sistema judicial hebreu era baseado no testemunho. Todas as provas eram colhidas a partir das falas das testemunhas (cf. Deuteronômio 19.15-21). Uma palavra podia salvar ou condenar, à morte até. Mais que isto, o cuidado na palavra decorre também da sua importância. O mundo natural foi feito pela Palavra de Deus. O mundo foi criado por Jesus, Palavra encarnada de Deus. O mundo da cultura e da convivência é construído pelas nossas palavras, que produzem diferença e indiferença, calor e distância, vida e morte.
Lei Moral de Deus, mais do que ser uma regra de conduta, nos revela quem Deus é, seu caráter.
Deus é verdadeiro, e quer que nós como seus filhos sejamos também verdadeiros, e não falsos. É um padrão elevado a ser almejado. Em João 14.6 vemos que Jesus é a personificação da verdade. Deus deseja que a pessoa seja testemunha da verdade, e assim recupere a imagem e semelhança com Ele, com a qual foi criado. 
Se o ser humano levar apenas isto em conta, já é um bom motivo para se desejar ser uma testemunha da verdade, mas também evita as consequências de se quebrar esta lei de Deus. 
Para ser uma testemunha é necessário vivenciar algo. No caso Lindemberg, por mais que uma pessoa possa se sensibilizar com a fatalidade e sentir empatia com o sofrimento da família da vítima, não poderia ser uma testemunha, porque nada do que viveu ou sentiu pode ajudar a elucidar os fatos. Da mesma maneira, Deus chama o ser humano para ser testemunha da verdade, e, para tanto, se faz necessário que este ser humano tenha experiências com a verdade, com o Deus da verdade, e com Cristo, a personificação da verdade.
Mas e lá, o que acontecia se uma testemunha fosse falsa? Qual a pena que tal pessoa sofreria? Enquanto na legislação brasileira atual a pena é de um a três anos de reclusão, no contexto bíblico a pena variava de acordo com a gravidade da acusação. Cada caso apresentado necessitava de um acusador e, pelo menos duas testemunhas. As testemunhas tinham o papel de atestar os fatos ocorridos, e quando alguém dava o testemunho sobre algo, se colocava ao lado do acusador. Se fossem falsas, todos eles, acusador e testemunhas de acusação deveriam cumprir a pena que desejavam impor ao inocente. (Deuteronômio 19.16-19).

Na condenação de Jesus, o Sinédrio procurou testemunhas para mentir sobre Jesus e assim poder condená-lo em Mateus 26.59. Mas como todos sabiam das consequências que envolviam ser testemunhas falsas querendo condenar um inocente à morte. Teriam que estar dispostos a morrer se fossem descobertos. 
E por que não se deve ser uma testemunha falsa? 
PORQUE É MENTIRA.
O Diabo é chamado de Pai da Mentira, e toda falsidade é uma mentira. (João 8.44). Diabo é uma palavra que tem sua origem do Latim, e seu significado mais básico é "Aquele que distorce".
Se alguém deseja seguir o exemplo de Cristo, deve certamente não seguir o exemplo do Diabo. Como seguidores de Cristo, devemos ter uma palavra só (Mateus 5.37), como Cristo também tinha. o termo "sim, sim; não, não" não quer dizer propriamente que não se possa dizer talvez, ou espere, mas significa que se for sim, deve ser sim mesmo, e não o contrário. Deve-se abandonar a mentira por amor ao Corpo de Cristo (Efésios 4.25). Outra coisa que deve ser considerada é que uma meia verdade é uma mentira inteira. O Diabo assim procedeu quando tentou Eva. (Gênesis 3. 4-5). Pode-se perceber que ele fala uma mentira(certamente não morrereis), mas em seguida profere uma meia verdade (porque na hora que comerdes sereis como Deus, conhecendo o bem o o mal). realmente o ser humano ganhou este conhecimento, o discernimento entre o bem e o mal, mas este conhecimento não tornou o ser humano mais importante ou poderoso, pelo contrário, o fato de se assemelhar a Deus no tocante a diferenciar o bem e o mal, fez com que o ser humano também se tornasse suscetível ao mal, tornando sua condição muito pior do que a anterior.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

POR UM PRATO DE LENTILHAS


Por Dayse Elisa Fabianowicz 

Gênesis 25.27-34

E cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas.

E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó.

E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo, e estava ele cansado;

E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou Edom.

Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura.

E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura?

Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó.

E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura.


Ao ler a história de Esaú e Jacó tem-se a impressão de que Esaú foi meramente desleixado, que simplesmente não se importava com a primogenitura. Mas o que era a primogenitura? Eram bens? Posição de chefe família? A primogenitura era algo além: era a benção de Deus, a garantia de que Deus não só a abençoaria, mas também à sua descendência. Era a herança da benção proferida a Abraão registrada em Gênesis 12. 1-3.
A lentilha, por outro lado, é algo que atualmente não é atraente, não desperta desejo na maioria das pessoas. Pode-se até dizer que seu sabor depende mais de como é preparada, se é bem temperada e acrescida de ingredientes mais saborosos. È um alimento insonso em si mesmo.
Esaú estava chegando de um dia cansativo de caça; ele estava exausto e faminto. O alimento, a lentilha, não era um simples desejo: era uma necessidade física. Diante desta necessidade ele pensa:  de que adianta a benção sobre mim e minha descendência se vou morrer de fome?
Às vezes este tipo de pensamento vem à nossa mente. Não é literalmente a lentilha, mas algo de que se sente necessidade e desejo. A lentilha, inicialmente, parece ser algo imprescindível à própria sobrevivência. Chega-se ao ponto de parecer que as coisas eternas têm menos importância diante daquele desejo e necessidade imediata.
O cheiro da lentilha chega em um momento de vulnerabilidade. Traz consigo todas as justificativas: a fome, a exaustão, a própria sobrevivência. No momento em que Esaú está tão vulnerável, ele esquece que na benção de Deus estava inclusa sua sobrevivência; que abençoar todas as famílias da Terra era um propósito de Deus para sua vida.
É fácil deixar-se seduzir por caminhos mais rápidos, sem medir as conseqüências. Atualmente vê-se que muitos procuram esta satisfação nas drogas, no sexo inconseqüente, no consumismo. E trocam coisas que têm realmente valor por algo instantâneo, mas tão fugaz, tão momentâneo. Um prazer que pode até ser intenso, mas de pouca duração, que geralmente traz consigo conseqüências desastrosas. É a geração “Fast Food”. 
Quantas vidas e famílias prejudicadas! Como entender uma pessoa que busca satisfação nas drogas? Analisando friamente, percebe-se que seu prazer é cada vez menor, enquanto a fissura aumenta e, com ela, a necessidade de se aumentar as dosagens ou de entorpecentes mais fortes. Como entender pessoas que buscam amor e prazer no sexo sem compromisso, colocando em risco sua saúde e família? E no dia seguinte se sentem menos amadas e valorizadas que antes. Há uma atração pelo flerte, pela sedução, mas todas as palavras doces e elogios falsos se tornam amargos e ferem a alma.
É fácil fazer julgamento e bater o martelo condenando, principalmente quando nunca se vivenciou de perto situação semelhante. É fácil recusar a lentilha com o estômago satisfeito. A exaustão e a fome cegam e entorpecem os sentidos. A tendência humana é o imediatismo: “é melhor um pássaro na mão do que dois voando”.
Quando se deparam com pessoas passando por “momentos de Esaú” muitos têm a mesma atitude de Jacó: aproveitar-se da situação para tirar vantagens. Em momentos assim é necessário pedir misericórdia a Deus. Pedir que o Espírito Santo produza Seu fruto. Confiar que Deus fez uma promessa sobre nossa vida; promessa esta que é muito superior a um prazer momentâneo e efêmero, e que vai cumpri-la.
"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós". 1 Pedro 5.7.

"Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças;" Filipenses 4.6.

 prazer no sexo sem compromisso, colocando em risco sua sa buscamamoridade me, a exaust a lentilha, n

sábado, 1 de janeiro de 2011

Intenções de Ano Novo


Intenções de Ano Novo

Ao término de um ano e início de outro é bastante comum as “Intenções de Ano Novo” ou “Promessas de Ano Novo”.
As pessoas refletem sobre como foi o ano que se passou, e, quando relembram as intenções que fizeram, percebem que a maioria destas intenções ficou perdida pelo caminho.
Como foi com você? Você fez planos para este ano? Conseguiu levá-los adiante ou parou na metade do caminho? Será correto fazer estes planos? É bíblico? 

Em Lucas 14: 28-32 (Nova Versão Internacional, 2010) vemos o princípio do planejamento.
   28 "Qual de vocês quer construir uma torre. Você não se senta primeiro a estimar o custo para ver se você tem dinheiro suficiente para completá-lo? 29Porque, se lançar o alicerce e não a podendo acabar, todo mundo que vê que vai ridicularizá-lo, 30 dizendo: 'Este pessoa começou a edificar e não pôde acabar. '
   31 "Ou suponhamos que um rei está prestes a entrar 
em guerra contra outro rei. Será que ele não se senta primeiro a considerar se ele está com dez mil homens para se opor a que vem contra ele com vinte mil? 32Se ele não puder, ele vai enviar uma delegação, enquanto o outro ainda está longe e vai pedir condições de paz.

Em vários momentos da vida precisamos sentar e planejar o futuro, não ir “empurrando com a barriga” para ver onde vai dar. Podemos perceber Jesus nos dando dicas de planejamento de gastos no verso 28; ensinando-nos a ver viabilidade dos planos no verso 29; a ser humilde e aceitar conselhos de pessoas experientes e/ou próximas no verso 31; e a ser flexível quando perceber que o plano inicial precisa de ajustes.
Aparentemente a parábola do construtor de torre e a do rei em uma campanha de guerra não têm nada em comum. Porém, para ambos há graves riscos de perdas se não planejar cuidadosamente à frente. Em uma cultura da vergonha e honra, todos querem evitar a todo o custo a ser ridicularizado por sua comunidade por não cumprir uma tarefa que começou. Nesta dupla parábola ecoa a instrução de Provérbios que pode ser muito bem aplicada em suas “Intenções de Ano Novo”"Com a sabedoria se edifica a casa, e com entendimento ela se estabelece; e pelo E pelo conhecimento se encherão as câmaras com todos os bens preciosos e agradáveis.
O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento consolida a força. Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros." (Provérbios 24:3-6).

Cada proprietário de terra que podia, pagava para fazer um muro em seu pomar como uma proteção contra invasores que poderiam roubar ou prejudicar a sua produção. A torre foi construída geralmente em um canto da parede e um guarda postado especialmente durante a época da colheita quando os ladrões provavelmente tentarão fugir com a mercadoria. Iniciando um projeto de construção, como uma torre, e deixá-la inacabada por causa de mau planejamento convidariam o desprezo de toda a aldeia. Da mesma forma um rei que decidiu travar uma guerra contra um adversário que era muito mais forte, seria considerado insensato se ele não chegar a um plano que tinha uma boa chance de sucesso.




A maioria das Intenções de Ano Novo” que se frustra pelo caminho se dá por um planejamento inadequado. Alguns colocam alvos altos demais, inatingíveis. É mais indicado se fazer um planejamento em partes a serem trilhadas, como se fosse uma escada. O objetivo final deve ser planejado (aonde se quer chegar), porém é preciso visualizar os degraus a serem conquistados para isto.



Esta visualização fará com que se comemore e valorize cada conquista como parte do processo, o que dará incentivo para prosseguir a caminhada rumo ao objetivo final, evitando a desistência e frustração.
Antes de qualquer coisa ore. Em meio à execução ore. Quando estiver concretizando, ore. Depois de tudo terminado, ore.
ü    Sl 127 – O Senhor precisa edificar a casa.
ü    Pv 3. 5-7. Confie no Senhor, não em si mesmo.
ü    Jo 15.5 – Sem Jesus não podemos realizar nossos planos.

Se não conseguiu realizar seus projetos, não desista. Fl 3. 12-14.
"Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.
Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus."


Às vezes nossos projetos são de longo prazo. Não se precipite v 12; é preciso saber esquecer aquilo que nos atrapalha e não podemos mudar v. 13; persevere em planos que valem a pena, que estão de acordo com a direção que Deus lhe aponta v.14.
Lembre-se de que até naquilo que você acha ruim, Deus está trabalhando para o seu bem e crescimento. Rm 8.28.

FELIZ ANO NOVO!








terça-feira, 30 de novembro de 2010

PERDÃO


Por Dayse Elisa Fabianowicz

PERDÃO


Às vezes há um sentimento de fraqueza e desânimo na Igreja. Não se entende o que está acontecendo. É preciso reconhecer que estamos em guerra espiritual. Nesta guerra, o inimigo usa armas sutis. As estratégias são tão sutis, que dificilmente são percebidas como tal. As pessoas acabam assimilando como seus os pensamentos e conceitos. Uma das armas mais eficientes é a falta de perdão. Em Jo 10.10, vê-se que o diabo veio para matar, roubar e destruir. O perdão é como uma bomba atômica usada contra o inimigo, quando se libera perdão, causando muitos danos ao reino das trevas. Por outro lado, a falta de perdão é uma bomba atômica usada pelo inimigo para destruir as pessoas.


POR QUE TEMOS DIFICULDADE DE PERDOAR?
Geralmente se comparam os erros dos outros com os próprios acertos, ou os defeitos alheios com as virtudes. Mt 18. 23-35.
Algumas comparações de quem tem dificuldade de perdoar têm dois pesos e duas medidas. A estratégia do Inimigo é fazer a pessoa pensar que tem razão. Se a pessoa pensa que tem razão, então não há motivo para mudanças. As medidas são diferentes: o primeiro devedor devia dez mil talentos, cada talento equivale a 6.000 denários. Um denário equivale a um dia de trabalho de um trabalhador comum. Então ele devia 60 milhões de dias de trabalho ou cerca de 170 mil anos de trabalho. Era uma dívida “impagável”, mas ele foi perdoado. Mas ao sair dali encontrou uma pessoa que devia cem dias de trabalho a ele, e, não podendo pagar imediatamente, o primeiro devedor colocou na cadeia o segundo para pagar preso os dias devidos. O resultado é que o rei, quando soube, entregou o primeiro na mão dos atormentadores até que pagasse tudo o que devia. Da mesma forma, quando não perdoamos, nos pomos na mão do atormentador. Quando tudo parece que está bem, o Diabo nos traz à memória o episódio, para nos fazer sofrer. É como uma ferida sempre aberta, a qual pode ser cutucada quando o inimigo quiser.
Coloca-se a justiça própria como superior à de Deus. E a nossa justiça é como trapo de imundícia. Is 64.6.
Trapo de imundícia não é um objeto de nosso cotidiano, por isto o conceito envolvido nessa ilustração perde sua devida expressão. Trapo de imundícia era um pano que havia sido usado por uma mulher para conter a menstruação, e devia ser enterrada fora dos muros da cidade.
Espera-se que os outros reconheçam os erros e peçam perdão. Jesus mostrou que se deve perdoar por amor. Rm 5.8; Lc 23.34
Nem sempre as pessoas reconhecem seus erros, aliás, o Diabo (que vem do latim Diabolos, que significa aquele que distorce) fará questão de incentivar a pessoa a não reconhecer seus erros, para manipular e distorcer as coisas a seu favor.



POR QUE DEVEMOS PERDOAR?
Perdão é uma escolha, não um sentimento. Mc 11.25
Normalmente não se “sente” vontade de perdoar alguém. O sentimento vem depois da decisão racional de perdoar, às vezes rapidamente, outras vezes lentamente.


Para não ser um “credor incompassivo”.
Neste texto percebe-se que o acerto de contas será inevitável, e que a mesma medida será usada. Ao perdoar, o maior beneficiado será a própria pessoa. Não quer dizer que a pessoa que perdoou não irá lembrar do ocorrido. Mas não doerá mais. Será como olhar uma cicatriz. Lembra-se o que ocasionou a cicatriz, porém qualquer pessoa pode tocar o local que não doerá ao simples toque. Já enquanto o perdão não foi liberado é como um ferimento sem cicatrização: dói ao menor toque.
l      Para não darmos lugar ao Diabo. Ef 4. 26-27 e 32
Quando alguém faz algo contra a gente, é natural que se sinta uma raiva momentânea. Mas isto deve ser momentâneo, deve passar o mais rápido possível. Enquanto se permanece neste estágio de ira, está sendo dado lugar de atuação ao Diabo, dando legalidade para que ele nos incomode.
l      Porque é pré-requisito para obter perdão de Deus. Mt 6. 12, 14-15.
Apesar de ser um texto bem conhecido por todos os cristãos, parece que não se dá o devido valor ao significado e implicações trazidas por ele. A seqüência é perdoar primeiro, ser perdoado depois.

 O QUE FAZER QUANDO HÁ DIFICULDADES EM PERDOAR

l      Quando se espera muito de alguém, as feridas são mais profundas e podem criar o que a Bíblia chama de raiz de amargura. Hb 12.15.
Quando se confia muito ou se tem expectativas muito elevadas a cerca de uma pessoa e esta pessoa erra ou decepciona, fica-se ferido muito mais profundamente. Se um estranho nos ofende, podemos nem ligar, mas se alguém de quem se espera amor e apoio nos ofende, dói profundamente. È mais difícil perdoar. O ressentimento por vezes se oculta no profundo de um coração e a pessoa pensa que já perdoou, que está tudo resolvido. Mas se quando esta pessoa nos faz qualquer coisinha, volta tudo à memória, na verdade tentou-se perdoar, mas não foi perdoado de fato. É como se alguém colocasse um piso de cimento em cima de um terreno com tiririca. Pensa-se que a calçada acabou com o mato, mas à menor rachadura, lá está a tiririca brotando.
l      Não se consegue vencer raiz de amargura sozinho, é preciso ajuda de Deus e dos irmãos. Jo 1.19; Tg 5.16
Busque a ajuda de irmãos maduros para compartilhar sua dificuldade de perdoar. Há pessoas em quem você pode confiar e contar com as orações e discrição. Confie que Deus lhe perdoará por sua falta de perdão e que o purificará de toda a injustiça, inclusive da injustiça de ser credor incompassivo.POR QUE TEMOS DIFICULDADE DE PERDOAR?
l      Geralmente se comparam os erros dos outros com os próprios acertos, ou os defeitos alheios com as virtudes. Mt 18. 23-35.
Algumas comparações de quem tem dificuldade de perdoar têm dois pesos e duas medidas. A estratégia do Inimigo é fazer a pessoa pensar que tem razão. Se a pessoa pensa que tem razão, então não há motivo para mudanças. As medidas são diferentes: o primeiro devedor devia dez mil talentos, cada talento equivale a 6.000 denários. Um denário equivale a um dia de trabalho de um trabalhador comum. Então ele devia 60 milhões de dias de trabalho ou cerca de 170 mil anos de trabalho. Era uma dívida “impagável”, mas ele foi perdoado. Mas ao sair dali encontrou uma pessoa que devia cem dias de trabalho a ele, e, não podendo pagar imediatamente, o primeiro devedor colocou na cadeia o segundo para pagar preso os dias devidos. O resultado é que o rei, quando soube, entregou o primeiro na mão dos atormentadores até que pagasse tudo o que devia. Da mesma forma, quando não perdoamos, nos pomos na mão do atormentador. Quando tudo parece que está bem, o Diabo nos traz à memória o episódio, para nos fazer sofrer. É como uma ferida sempre aberta, a qual pode ser cutucada quando o inimigo quiser.
l      Coloca-se a justiça própria como superior à de Deus. E a nossa justiça é como trapo de imundícia. Is 64.6.
Trapo de imundícia não é um objeto de nosso cotidiano, por isto o conceito envolvido nessa ilustração perde sua devida expressão. Trapo de imundícia era um pano que havia sido usado por uma mulher para conter a menstruação, e devia ser enterrada fora dos muros da cidade.
l      Espera-se que os outros reconheçam os erros e peçam perdão. Jesus mostrou que se deve perdoar por amor. Rm 5.8; Lc 23.34
Nem sempre as pessoas reconhecem seus erros, aliás, o Diabo (que vem do latim Diabolos, que significa aquele que distorce) fará questão de incentivar a pessoa a não reconhecer seus erros, para manipular e distorcer as coisas a seu favor.


domingo, 28 de novembro de 2010

ESPIRITUAIS OU CARNAIS? Suas atitudes irão revelar



Por Dayse Elisa Fabianowicz

Texto Gálatas 6. 1-5


1 Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado.
2 Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo.
3 Se alguém se considera alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo.
4 Cada um examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém,
5 pois cada um deverá levar a própria carga.


Às vezes percebemos que um irmão ou irmã cometeu um erro, ou pecado. Qual nossa atitude? Alguns preferem ignorar o erro, afinal, todo mundo erra. Mas há aqueles que vêm com julgamento. Esquecem da palavra de Jesus aos acusadores da mulher adúltera. Nesta ocasião, Jesus não diz à mulher que o que ela fez está certo, ou que não tem importância, que não haverá conseqüência para o erro. Ele tira o foco do julgamento coletivo que tinha condenado previamente a mulher e foca no que está acontecendo no interior de cada um deles. Cada um deles havia condenado, mas acima de tudo, o interesse não era fazer justiça, mas ver se conseguiam achar alguma contradição no Mestre.
No verso primeiro, Paulo fala supondo que seus leitores são espirituais. O que ele quer dizer com isto? Vejamos o contexto: No capítulo anterior ele discorre sobre as obras da carne (cristão carnal) e o fruto do Espírito (cristão espiritual). Se somos espirituais é porque deixamos o Espírito Santo produzir em nós o Seu fruto. Se, por outro lado, somos carnais, damos vazão às obras naturais do nosso “velho homem”, da nossa natureza carnal, que é o que diz Gálatas 5. 19 a 21 da versão Bíblia Viva:
“Entretanto, quando vocês seguirem suas próprias inclinações erradas, suas vidas produzirão os seguintes maus resultados: pensamentos impuros; ansiedade pelo prazer carnal; idolatria, feitiçaria, (isto é, incentivo à atividade dos demônios); ódio e luta; ciúme e ira; esforço constante para conseguir o melhor para si próprio; queixas e críticas; o sentimento de que todo mundo esta errado, menos aqueles que são do seu próprio grupinho; e haverá falsa doutrina, inveja, assassinato, embriaguez, divisões ferozes e toda essa espécie de coisas. Vou dizer-lhes novamente como já o fiz antes, que todo aquele que levar esse tipo de vida não herdará o reino de Deus”.
As críticas e o sentimento que todo mundo que não concorde com você está errado são obras da carne. Se, por outro lado, somos espirituais, as nossas atitudes para com a pessoa que cometeu uma falha é de amor, benignidade, mansidão, misericórdia. Entendemos que o bem que queremos fazer não fazemos, mas o mal que detestamos, este fazemos; então temos misericórdia.
Devemos desejar a restauração dos caídos. Foi a atitude de Cristo para com a mulher adúltera. Ele não a condenou, mas também não ignorou o seu erro, disse-lhe porém: “vai e não peques mais”. Não devemos fazer de conta que não vimos o erro, mas devemos separar o pecado do pecador. Julgar a atitude como errada, mas não “bater o martelo” e condenar a pessoa que errou. Devemos levar as cargas uns dos outros. E isto inclui suportar os fracos, ajudá-los a sair do círculo vicioso de pecados, orar por eles com misericórdia, soergue-los, lembrando que, em outro momento, poderemos ser nós que estaremos nesta situação, precisando de ajuda.