quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO, DE QUEM É A CULPA?

Por Dayse Elisa Fabianowicz


Por vezes deparamos com pessoas que afirmam: “Quando há uma separação, os dois têm uma porcentagem de culpa; não há ninguém inocente”.
A afirmação parece, à primeira vista, correta; porém trata-se de uma falácia. Na verdade não é por causa de erros que ocorre uma separação, pois se assim fosse quem permaneceria casado?
As pessoas que afirmam isto não pararam para refletir sobre o que estão dizendo. Provavelmente quem criou a tal frase desconhece o que é viver uma situação desta. Como tentar colocar os relacionamentos humanos em uma fórmula tão simplista, quadradinha, como se fosse uma ciência exata?
Na opinião desta autora, a separação se dá porque pelo menos um dos cônjuges não ama mais o suficiente ao outro. Quando há amor, o amor cobre uma multidão de pecados. Já vi pessoas “passarem como um trator” por cima de erros cometidos. Sabe por quê? Porque quando se põe na balança a ofensa sofrida contra o amor que se sente pelo ofensor, o amor pesa mais!
Quando uma pessoa perde alguém que ama para a morte, todos se compadecem dela; todos sentem empatia. Mas quando alguém perde a pessoa que ama para outra pessoa, as pessoas a vêem com um pré-conceito: algo de errado você fez para que as coisas chegassem a este ponto.
Já é bastante dolorido se perder alguém, mas enfrentar o julgamento injusto dos outros é ainda pior. É muito comum o tipo de comparação: pessoa separada é igual à pessoa problema. Será que é mesmo assim?

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